O modelo X-12 TR “Fase 2” envolve mitos e discussão sobre sua “classificação”. Entenda que a classificação por “Fases” foi atribuída pelo Gurgel Clube para facilitar a pesquisa e entender a evolução dos modelos da linha X-12.
Este modelo, só teve versão com Teto Rígido, chamado de TR pela Gurgel. O início de sua produção foi em 1976, tendo sido produzido até 1978 em conjunto com os modelos X-12 “Fase 1” (versão conversível, mas de estilo bem diferente) e com o X-10. Se você achar um X-12 desta “Fase” sem teto, pode ter certeza: é uma adaptação!
Fonte: Revista Quatro Rodas de Outubro de 1976.
O mito é sobre o nome alternativo, o famigerado “X-11”. Não, este não é o X-11 como acabamos por descobrir recentemente com a ajuda de um exemplar do Jornal Gurgel Na Pista, editado pela própria Gurgel Out/Nov de 1986. Saiba mais sobre esse mito e nossas especulações sobre a provável mudança de nome clicando aqui!
E porquê seria o “Fase 2”, se esse modelo foi produzido em paralelo com o X-12 “Fase 1” (versão conversível), até 1978? Uma questão de sequência de lançamento e design do modelo. O X-12 “Fase 1”, teve matéria de lançamento na revista Quatro Rodas de Dezembro de 1975. O X-12 TR “Fase 2”, teve matéria de lançamento em Outubro de 1976, apesar de já constar da lista “Mercado de Automóveis” desde Janeiro de 1976, entretanto sob o nome “X-11”.
Fonte: Capa da Revista Quatro Rodas de Outubro de 1976.
Além do lançamento anterior do “Fase 1”, há a questão de design. O “Fase 2” tem desenho bastante diferenciado, um projeto realmente voltado para a adoção do teto rígido e aumento do conforto. O “Fase 1” é quase igual à versão anterior, o X-10, tendo somente pequenas modificações (para atender demandas do Exército a princípio).
Questionável? Certamente! Mas continuamos nossas pesquisas, e em breve teremos mais informações.
Fonte: Catálogo de Fábrica Gurgel/Site www.kdf-wagen.de
Originalidade (Por Leandro Basso, SP/SP):
Cinto de segurança – 2 pontos fixo com regulagem manual, toráxicos, também na traseira.
Fechaduras – VW Brasília, invertidas.
Freios – tambor nas 4 rodas (sugere-se adotar disco na dianteira).
Freio de mão – com Selectraction Gurgel (bloqueio seletivo nas rodas traseiras).
Guincho – original Gurgel, 25 metros de cabo, acionamento manual por alavanca/catraca.
Lanterna traseira – universal de caminhão, redonda com seta amarela no meio, sem luz de ré.
Maçanetas externas – caminhão Mercedes anos 70, cromadas.
Marcador de combustível – redondo, acima do eixo do volante (VW Kombi, a confirmar).
Piscas dianteiros – repetidor de seta alternativo (acessório de época) da linha Ford (Corcel 1, Galaxie e Maverick). Este repetidor, era vendido como acessório para ser adaptado na lateral traseira, no lugar do “olho de gato” na cor vermelha. Era feito com aro de plástico e lente sem emblema Ford, diferente do olho de gato original com aro de metal e lente com emblema Ford. Como é uma peça difícil de ser encontrada atualmente, muitos proprietários acabam por usar a seta da Brasília ou C-10. Fotos da peça original podem ser encontradas na galeria ao final da página.
Pneus – 7,35 aro 15 Cidade-campo (equivalente a 185). Atualmente não são fabricados novos, somente recapados.
Retrovisor – Externo: VW Fusca, tipo raquete, cromado.
Rodas – aro 15 com 5,5 polegadas de largura.
Velocímetro – VW Fusca até 1976 (140 km/h), à esquerda do volante no painel.
Como diferenciar os primeiros (que seriam os X-11) e os demais:
Primeiro modelo – 1976/1977:
– Grade nos farois dianteiros, com copo fixo incorporado à carroceria e na mesma cor.
– Utilização da mecânica VW antiga (furação 5x205mm);
– Rodas VW com calotas;
– Teto sem a clarabóia;
– Ausência de bagageiro (a confirmar);
– Possível tapeçaria diferente (apenas detalhes nos gomos dos bancos);
– Teto em outra cor, em geral preto.
Modelo posterior – 1977/1978:
– Retirada das grades de farois e adoção de um copo removível na cor preta para abrigar os faróis;
– Utilização da mecânica “moderna” (furação 4x130mm);
– Rodas VW com furação 4×130, e a partir de 31/03/1978 exclusivas Gurgel em aço;
– Clarabóia no teto;
– Bagageiro (talvez como opcional);
– Lanternas traseiras de Chevette (somente indícios, não temos nenhuma confirmação. Entretanto foram utilizadas na versão “E” do X-12 Lona 1978).
Ítens opcionais (de fábrica):
– Bagageiro;
– Filtro de ar externo;
– Engate traseiro;
– Extrator de pó (aerofólio) do vidro traseiro (a confirmar se não era de série no modelo posterior, 1977/78).
Fontes: Acervo Digital da Revista Quatro Rodas, Internet.
Texto e dados levantados por: Francisco Branco.
Colaborações de: Leandro Basso, de São Paulo/SP.
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