Evolução do modelo Xavante XT, seria o XT “Conforto”. Serviu de base para o X-10, lançado em 1975.
Foto: folheto de fábrica / Fonte: site Cachalote
Seu lançamento (estimado) foi em Março de 1974, mês em que figurou uma matéria na Revista 4 Rodas (pág. 90, Mar/74). Foi vendido em conjunto com o Xavante XT em Abril de 1974, e passou a ser o único modelo da Gurgel vendido regularmente entre Maio de 1974 e Junho de 1975, sendo substituído pelo X-10, lançado em Julho de 1975.
Foto: folheto de fábrica / Fonte:
É visualmente distinto do modelo anterior, o Xavante XT. Mas é facilmente confundido com seus sucessores, o X-10 e X-12 fase 1. Como diferenciar? Abaixo seguem algumas características únicas deste modelo:
1 – Entrada de ar na lateral traseira (no X-10 e X-12 passou a ser logo depois da porta)
2 – Estepe em cima do capô (no X-10 e X-12 passou a ser em baixo do capô)
3 – Ressalto PARA FORA no local de fixação da lanterna traseira (no X-10 o ressalto é para dentro, no X-12 Fase 1 deixou de ser necessário com a mudança da carroceria)
4 – Não tem o ressalto PARA DENTRO para fixação do guincho (no X-10 passa a ter)
Foto: desenho de corte do Xavante XTC / Fonte: Enciclopédia do Automóvel de 1974
É uma evolução do XT, mais resistente, robusto, com novas dimensões e mais preparado para o “Fora de Estrada”. O XT continua em produção, o XTC é para atender quem quer um jipe para uso exclusivo em estradas e caminhos sem alfasto. É mais espaçoso. Os bancos da frente são estofados, e os de trás são maiores, assim como o espaço para as pernas. O espaço do porta malas é maior. A altura até a capota de lona também é maior.
O painel de instrumentos, que era central, passou a ser na frente do motorista. O volante deixa de ser o esportivo e passa ao convencional que sai no fusca. A frente do pára-lama muda, passa a ter espaço para fixação dos faróis, que agora são 4. Não tem o vão para o guincho, o meio da carroceira interna é reto. Volta a ter pá e enxada, agora presas nas portas. Passa a usar os piscas do Fusca, em cima do páralamas. Ganha entradas de ar para o motor após o vão das rodas traseiras, um problema pois permite a entrada de poeira. A carroceria perde o jeitão arredondado e passa a ser mais reta com ângulos, uma tendência na evolução dos modelos posteriores. A alça de apoio para o acompanhante muda, passa a ser a mesma dos fuscas.
O modelo foi astro em diversos filmes no exterior, como podemos ver pelo site IMCDB.
Especificações Técnicas:
Motor 1,6 litros com ventoinha em pé, transmissão e câmbio do 1,3 litros, com relação de coroa e pinhão de 8×35 dentes, 4,325:1. Pneus passam de 5.60/15 para 6.70/15. Distância entre eixos: 2,04 m, bitola dianteira: 1,34 m, bitola traseira: 1,32 m, comprimento: 3,66 m, largura: 1,60 m, peso: 780 kg. O escapamento é mais alto e carroceria reforçada. O eixo dianteiro foi alterado em mais de 10 graus, deixando ele mais alto e mais macio. Preço em torno de CR$ 21.000,00. As 6 primeiras unidades foram exportadas para a Guatemala.
Foto: Enciclopédia do Automovel, abril 1974.
Fotos: revista Quatro Rodas, março 1974.
Quer ver mais alguns Xavante XTC? Temos alguns em diversos estados de conservação em nosso Blog Gurgel à Vista!
Fontes: Acervo Digital Revista Quatro Rodas, Internet.
Texto e dados levantados com a colaboração de: Francisco Branco e Moa de Santos/SP.
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